domingo, 14 de outubro de 2012

A própria busca

Pra onde você foi, menina? Tão longe pra longe de mim que só lembrei agora que não me mexi quando te vi sair, mas quis saber o caminho que tu fez caso eu quisesse te buscar mais tarde. Só que você fingiu e foi sem nem falar como, pra onde, se voltaria, se sentia saudade ou se queria que eu buscasse. E me dá um fervor horrível no coração saber que quem eu tanto queria se tornou a pessoa mais indiferente entre todas as pessoas diferentes que já conheci. Será que todas que eu conhecer daqui pra frente também vão se tornar amenas e levianas assim um dia? Será que acontece com todo mundo e todo mundo não se importa como eu me importo? Será que vale a pena eu não criar uma armadilha contra mim mesmo e parar de me enganar sem qualquer esforço pra acordar e não deixar isso acontecer de novo? Ou será que eu tô e sempre estive certo e vocês estão errados por acharem que as pessoas vêm e vão sem mais nem menos?

Que merda é escrever se questionando se o correto é escrever pra se encontrar. Mas caso tu me encontre, me diga onde é que eu me busco. E te trago junto.

3 comentários:

Deise Lima disse...

\0 Caramba menino! Que coisa esse texto viu!
Adoro questionamentos e muitas vezes os que mais gosto são os que menos tem resposta, vá entender.
Eu certamente não sei onde você se encontra, mas deve ser em algum lugar perto da minha mente um tanto confusa por que eu me encontrei em algum lugar nessas palavras! =)
Abraço ^^

Anônimo disse...

"Que merda é escrever se questionando se o correto é escrever pra se encontrar."

Resumiu os meus últimos tempos, mas ao menos em meio a um monte de pergunta a gente consegue às vezes se encontrar.

Adna Martins disse...

Gosto muito do que tu escreve. Não sei descrever bem o porquê, deve ser um segredo teu com Deus que nos atinge.

Não que todos os teus textos sejam semelhante, não são, mas, acho que este é o primeiro onde vejo tantos questionamentos ao "encontro", sabe.
Mais uma vez me vejo nas tuas palavras em um certo momento meu, e isto é um encontro, né. Também, acho, Marcus, que os desencontros acontecem com todo mundo, e que alguns se importam e outros deixam de se importar por ser provocado, sem querer muitas vezes. Eu acho que você está certo, as pessoas não são meras figuras e não ocupam um espaço em nossas vidas só por ocupar, mas, elas não precisam, necessariamente ir ou não voltar. Cultivar laços é um amor.

Cara, tá muito lindão.