quinta-feira, 3 de abril de 2014

O inefável, o regime e a carência

Inefável, segundo o Dicionário Informal da Língua Portuguesa, é aquilo que não se pode expressar por palavras. Diz-se daquilo que não pode ser expresso verbalmente. Algo de origem divina, dotado de tantos atributos de perfeição e beleza, que transcende os limites da linguagem humana.

(A definição que contradiz seu próprio significado. O que é inefável não se pode explicar com palavras, mas explica-se.)

Quem diria que todos os meus atos de gaguejar tivera um nome e eu pouco sabia. Não era só um gaguejo, era a inefável surpresa de, de novo, não saber explicar o que sentia. Mas não explicando é que se explicava tudo. Até quando pudesse te encher os olhos.

Quando me dizia grego, romano, pirata, soldado, moço moderno, era só pra mostrar que em mim caberia tudo. Todas as épocas, expedições, guerras e avanços. Acompanharia de armaduras, tochas, canhões, armas e bombas. Ai de quem te fizesse algum mal. Ai de quem tirasse de mim o amor - sublime selo que à vida imprime cor, graça e sentido.

Essa é minha receita para não engordar sem a necessidade de comer arroz integral e chá de jasmim. Enquanto sofro de carência de algo que fez bem.