segunda-feira, 11 de abril de 2011

É pouco, mas faz tanta

Me imagino tentando medir agonias por não ter certas coisas (ou pessoas, pra não ser tão direito) e só poder fazer nada. Desconsiderando qualquer impedimento possessivo e de falta de vontade alheia, mas é só por estar longe. Por outro lado, essas distâncias consideráveis deveriam ser compensadas com mil outros sintomas que nos façam rir, enfim, juntos. Vai de mim reciclar toda paz dessas palavras, inventar aromas, formas e cores pra tanta ausência - por estar tão perto (aqui perto, você sabe onde), parece ainda mais distante. E dias assim eu coloco junto daqueles em que coisas tão pequenas se transformam em vida, consagrando todos os excessos tão naturalmente que a gente só percebe algum tempo depois.

De quando descobri que Papai Noel não existe; de quando chorar era, de alguma forma de teimosia, a coisa mais gostosa do dia; de quando conseguimos mudar de Ré pra Sol sem abafar as cordas; de quando o primeiro salário acaba na primeira semana; de quando cerveja cai bem melhor que achocolatado; de quando você volta pra nunca mais sair. Eu espero.