domingo, 29 de agosto de 2010

Explicação pra quem não sente, ou só finge

Dias atrás falei com uma amiga sobre carência, saudade e a vontade que dá. Não a minha, talvez a dela, vou lá saber. Numa certa idade, e não é regra, parece ser mais fácil viver de amores e outras coisas. Amores, depois outras coisas. E inclui todo o resto nessas outras coisas, menos os amores. Acho que eu vou sentir mais se meu cachorro fugir do que se o deputado federal da minha cidade gastar muito com merda de campanha eleitoral. Da mesma forma, enquanto um casal, domingo de manhã, junta os trocados pra comprar um suco-cura-ressaca, vão mesmo querer saber se as Coréias andam se ameaçando? Não é querer tornar o mundo indiferente, esse "deixa estar" involuntário surge vocês nem sabem de onde. Mas se alguém descobrir, me avisem! Pago duas cervejas, porque dividir só uma é quase evitar o que vem depois.

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