terça-feira, 25 de agosto de 2009

Bagagens de saudade

Acho que a maior dificuldade de quem tem vontade de escrever, é como começar a escrever. Nem que seja tema dado. Sorte que existem aqueles que mesmo não sabendo como, sempre têm algo em mente, esperando pra colocar num papel qualquer. Eu deveria estar estudando agora, pra recuperar os 45 de média que me deram em física no segundo bimestre. Mas este é o momento certo pra eu não fazer o que deveria estar fazendo. Pra ser mais direto. não quero saber de Movimento Retilíneo Uniforme Variado mesmo.

Enfim, vou observar ao redor pra ver se me inspiro: achei uma palheta quebrada, que por sinal, não é minha. Eu não compraria uma tão mole e rosa choque. Tenho que lavar meu Sonic e grudaram chiclets na minha mochila, bem onde bate as costas. Bando de leite-com-pêra! Tem mil carros indo e voltando da faculdade aqui perto. E no Jornal Nacional só falam merda, pra variar. Ainda bem que meu quarto branco e sem cortina, deixo bem exposto coisas que sempre me lembram algo de bom. É como mudar de A para A7, depois disso sempre vem uma continuiadade sonora que entra no ouvido como uma saudade saciada entra no coração. A fantasia de chapolin, o quadro dos Beatles que ganhei quando fiz 15 anos, o livro que eu não devolvi, as coisinhas que eu peguei e só perceberam depois, e os perfumes misturados, cada um vindo de um objeto, de uma lembrança. Pois é, minhas lembranças têm aroma. Aposto, se tivesse na de todo mundo, muita gente iria dar mais valor pro que já aconteceu e se preocupariam menos com o que vai acontecer. Assim caminha a minha humanidade (valeu, Lulu). Mato a minha saudade nessas quatro paredes. A óptica geométrica e aquele professor daltônico que me esperem em outra vida.

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