quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Da arte pra cá

Já aceitei pra mim mesmo que aqui na internet a gente sempre vai criar um mundo um pouco mais surreal do que realmente acontece. E se antes já era assim, com a tv, o cinema e a música, agora é uma soma de tudo isso em um só lugar. Todas aquelas coisas criadas por pessoas reais, mas que são só ficção. Às vezes pode até ser baseado em fatos verdadeiros, mas sempre vai ter um pingo de ilusão.

Mas aí eu parei pra pensar nas cenas clássicas de filmes, nos refrões que são decorados automaticamente por nós, meros apaixonados por qualquer tipo de arte que nos faça sentir algo além da pele. Parece que criei um esquema que sempre vai enfatizar todas as cenas que os sonhadores almejam tanto em suas vidas e que eu já vivi. Quer um exemplo? Aquela cena bonitinha do filme chato pra cacete da sua querida Amélie Poulain. Me sinto bem por ter beijado os olhos de alguém antes de conhecer essa história.

"I remember the time you drove all night just to meet me in the morning." Olha só como essa frase daquela música que você gosta cabe em mim. Justamente por eu ter viajado, de fato, uma madrugada inteira só pra te ver um pouco antes do almoço. Essa, entre tantas outras coisas suas que servem mais pra mim do que pra você, já que eu fiz questão de tomar o seu melhor pra mim, pra transformar o meu melhor contigo por perto, quando surgissem as oportunidades.

Mas a questão é que eu só vivi todas essas cenas e letras tão requeridas pra vida real por sempre soube que a nossa realidade nunca poderia ser colocada num papel, numa foto, num roteiro qualquer. Até mesmo quando nossa realidade era algo impossível. Mas tu tá aqui, mostrando pra mim que não. Tu tá aqui passando mais um café ruim-de-amargo que só você faz. Esse café que eu tenho que colocar duas colheres grandes de açúcar pra eu não precisar fazer cara feia. E a cada gole desse café quase frio me vem o conforto de saber que se você fosse qualquer outra pessoa eu não sentiria tanta segurança. Desde a nossa primeira vez, que de cara você deixou eu ser o que mais sei: carinhoso. Acho que você precisa de mim, assim como seu café precisa de açúcar. Assim como talvez eu precise de você.

Um comentário:

Anônimo disse...

Marcus Paulo eu posso lhe pedir um favor... peço para que o realize se possível e para que não se sinta pressionado com meu pedido... é que eu quero, humildemente e desajeitadamente, pedir para que escrevas mais, escrevas sempre que possível, enfim escrevas, por que isso tu fazes muito bem.
E com sua permissão eu completo essa sua frase "Acho que você precisa de mim, assim como seu café precisa de açúcar. Assim como talvez eu precise de você." assim: (...)E assim como eu, mera leitora mortal, precise de ler teus textos, talvez até mesmo para quem sabe sorrir mais, devanear mais, escrever mais.
Muito obrigada, alguns abraços, um beijo, e um cafuné nesses seus cabelos lindos. haha (: