terça-feira, 10 de julho de 2012

Tão-tão-tão menores

Só passei pra dizer que nesses últimos três meses eu me permiti criar um novo grupo de convivência e vivência. Aquele grupo de pessoas que vivem e sentem certas coisas sabendo do gosto meio azedo meio amargo da falta que faz depois. Passei também pra dizer que, depois desses três meses, ando me sentindo sobrecarregado de uma ressaca eterna. Como se eu estivesse a maior parte da minha vida numa festa open bar de saudade e agora chegou a fase em que me sinto na obrigação de me lavar por dentro, seja lá como for. Só que a saudade não te dá o direito de ter férias, nem paga sua passagem, nem sua gasolina, muito menos concede sua permissão - o que são empecilhos tão-tão-tão menores perto de tudo. Porém, mesmo assim, ainda assim, o que eu posso fazer é nada. Mas tô tentando. Juro que tô tentando.

O que corrói por dentro é reconhecer que existe um abismo imenso entre tentar e conseguir. Mas a gente consegue. É só o mundo não se desfazer.

3 comentários:

Anônimo disse...

Mas seria bom se desfazer assim, bem devagarinho, mas ó, só contigo.

Simone Oliveira disse...

Há exatos (acredite) 3 meses venho procurando a definição pro vão que eu sinto de vez me quando. Hoje, descobri: ressaca eterna. É isso. O que a gente faz com a saudade quando ela não vai embora nem te traz que você queria ali perto? Gostei muito do seu texto!
Beijos.

Raehli Hage disse...

Tão incomodo o sentimento da saudade, e esta sensação de ressaca me é tão recorrente, mas comum do que o normal. É como viver em "automatico". Gostei do blog, volto sempre que puder (:

Raehli Hage
nidum.blogspot.com