quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Resposta para Marina:

É verdade. Ser exceção deve dar trabalho. Penso até que esse grupo de mulheres, as exceções, nunca foi criado. Sempre existiu, forte como as que foram às ruas lutar por liberdade de expressão em tempos ruins, sincero como as que deixaram suas 25478 escovadas antes de dormir para amamentar de leite e amor. As que vivem para o trabalho, as que trabalham para viver. Ser mulher deve ser tão difícil quanto escolher o vestido de casamento.

Aí imagino se criassem esse mesmo grupo para os homens. Seria inventado algum tipo de lazer. Algo que envolvesse um monte de excessos. De cerveja (que no fundinho eu sei que tu também gosta), futebol, poker, bandas instrumentais, gravatas e pizza com borda recheada. Ao mesmo tempo e bem evidente sobre nossos desejos, o excesso das exceções. As mulheres desses homens não seriam temperamentais em dias de TPM, nem reclamariam da toalha molhada em cima da cama, nem revisariam nossa caixa de entrada toda segunda-feira e se preocupariam menos com essa história cansada de regime. Seriam elas, floridas por dentro e por fora, de cima a baixo, como se suas orquídeas não murchassem no inverno, pois estariam amadas. Sem pausa. Em dia de Maracanã ou não. Principalmente quando vestissem nossas camisetas, até os joelhos, com uma manga mais dobrada que a outra. Sobre o resto dos homens, eles podem até amar as loucas e casar com as outras. Mas só eles, porque ainda não casei. E quero.

3 comentários:

Gabriella F. disse...

Post mui bueno, e seria imprescindível...

eduarda bp disse...

"Seriam elas, floridas por dentro e por fora, de cima a baixo, como se suas orquídeas não murchassem no inverno, pois estariam amadas."

Lindíssimo! Tu tem tanta intimidade com as palavras, são tão cheias de afeto...

Bruno Bertoni disse...

Adorei seu texto, adorei seu blog :)