segunda-feira, 15 de março de 2010

A esperteza de quem só vê de longe, mas não chega perto


Não que o espertinho que te observa depois das 22 seja um gênio. Ele só é um espectador das suas curvas que eu já conheço tanto, sei até a intensidade do freio, e nem precisei morar no décimo segundo andar do prédio da frente, muito menos precisei acompanhar o seu andar até a beira da praia. Já te encontrava na primeira onda, na primeira remessa de areia quente que encomodava entre a sola do pé e o chinelo. Assim de longe, te vendo tão atentamente, como se eu estivesse sendo obrigado a fazer algo que gosto. É contraditório, e ainda bem, não mais que seus motivos e desculpas de mulher.

Mas sobre ser gênio, sou quase seu Einstein, seu Tarantino, até mesmo Chaplin, já que a gente se entende tanto no nosso cinema mudo.

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