terça-feira, 16 de março de 2010

Pra dar uma rapidinha

É o tempo imaginário que imploramos pra podermos dormir mais um pouco. Da minha casa até o mercado, contando a ida e a volta. 5 minutos a mais pra ficarmos enrolados no edredons gelado já que não tem quem esquente o outro lado da cama. Pro nosso time desempatar o jogo na final do estadual. Pra conferir as respostas daquela prova fudida na recuperação de literatura que eu nunca iria imaginar na vida aquela professora bonitinha passando. E mais, cada vez mais, os minutinhos decisivos pra fazermos algo que não fizemos antes por falta de emoção, e não de responsabilidade. Já que de qualquer forma iremos resolver. Não há porque levar esses 5 minutinhos como uma maneira de recuperar o tempo perdido. 5 minutos não mata ninguém, ou mata?

(Obs 1: 300 segundos entre a primeira e linha essa aqui)
(Obs 2: Tô com fome)

segunda-feira, 15 de março de 2010

A esperteza de quem só vê de longe, mas não chega perto


Não que o espertinho que te observa depois das 22 seja um gênio. Ele só é um espectador das suas curvas que eu já conheço tanto, sei até a intensidade do freio, e nem precisei morar no décimo segundo andar do prédio da frente, muito menos precisei acompanhar o seu andar até a beira da praia. Já te encontrava na primeira onda, na primeira remessa de areia quente que encomodava entre a sola do pé e o chinelo. Assim de longe, te vendo tão atentamente, como se eu estivesse sendo obrigado a fazer algo que gosto. É contraditório, e ainda bem, não mais que seus motivos e desculpas de mulher.

Mas sobre ser gênio, sou quase seu Einstein, seu Tarantino, até mesmo Chaplin, já que a gente se entende tanto no nosso cinema mudo.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Pr'eu saber seu redor

Desci pra Paquetá, onde já ouvi falar de Yarusha e suas vontades que não morreram na praia. Aliás, nasceram de novo, mais atiçadas ainda. Cabelo liso, sempre com sal, como se fosse sempre o mesmo tempero. E não me deixava mentir, era cheia desses gostinhos que só sentiremos uma vez na vida e fim. Cansei e fui pra Niterói, onde nunca ouvi falar de alguém, onde as praias tentavam (só tentavam) ser mais bonitas que Itapema e Tijuca.

Cansei e vim embora, onde já vi e ouvi falar de tudo e de todos. Pra me lembrar que apesar da falta de beleza comparada ao resto do mundo, nada é mais satisfatório e calmante, essas avenidas nos cortando naturalmente como em todos os outros dias e noites, porém essas menos memoráveis. Ficando assim, sempre querendo de novo e com saudade, mas nunca tampando os olhos ao ato de expandir nossos horizontes, até se só criados pelas imagens.